quinta-feira, 28 de julho de 2011

Trovas...

Seguem abaixo 3 trovas que andei fazendo nos últimos dias...

Não preciso provar ao mundo,
Nem enaltecer meu valor,
Vivo um mistério profundo,
De ser jovem e trovador.



No frágil botão da rosa,
Vivia a minha doce amada,
Nunca vira tão formosa,
Embora tão complicada.



Quando costurava estrelas,
Acabei furando o dedo,
Eu jurei nunca mais vê-las,
Dessa vez venceu-me o medo.
  

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sou filho deste chão

Segue abaixo o poema que me fez ganhar o primeiro lugar no Concurso de Poesia da Bauernfest 2011. Ele narra um pouco da história desses bravos colonos que povoaram a nossa Petrópolis e abre um pouco ao leitor parte daquilo que sinto.

Sou filho deste chão

Cruzando os mares da aventura
Ergueram nossa história com bravura
Na força bruta da lida de cada dia
Inspiraram os versos de minha poesia
Homens destemidos se dispuseram a lutar
Mulheres de fibra impuseram seu lugar
E hoje nos recordamos com felicidade
Daqueles que construíram a nossa cidade
No papel, aro a terra de outrora
O lápis é a enxada de agora
Para brindar a realização da façanha
De um povo destemido vindo da Alemanha
Conquisto a cada dia com meus versos
Um mundo novo, escrevendo universos
Na sinceridade da palavra, a emoção
De vencer na vida com um poema na mão
Deixo de lado a espada e a lança
Minha arma se chama esperança
Inspirado por esse espirito vencedor
Contagio a todos com meu amor
E hoje venho apenas agradecer
A vitória do colono alemão
Que a cada dia me faz crer
No orgulho de ser filho deste chão.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

100 anos do Petropolitano F.C.

Eis abaixo o poema escrito por mim durante o Concurso de Poesias do Petropolitano F.C. referente ao seu centenário. Alguns questionaram que eu pudesse tê-la escrito tão rápido, mas o que vale é a homenagem ao Clube, mesmo que a questionem.

100 anos do Petropolitano F.C.

100 anos não se fazem todo dia
100 anos não cabem numa poesia
Sob o berço imperial foi embalado
Um clube que outorgou o seu reinado
Na antítese do branco com o preto
Aqui me apresento e me comprometo

Nas montanhas serranas desponta o sol
Petrô, tu és mais que futebol
Tens uma grande história
E há de ficar para sempre em nossa memória
Por revelar novos talentos na poesia
Descobrindo um perfume que inebria
O perfume da vinda da esperança
De fazer nascer a arte na criança

Quantos amores não nasceram em seus salões
No beijo de apaixonados corações
Eis aqui meu breve depoimento
Que restará além desse momento
Pois tua história estará eternizada tanto nesses versos
Como na prosa e em sentimentos diversos
Petrô, tua história não será esquecida
Pois para sempre seremos a mesma família unida!

A lua despida

A lua despida

Num emaranhado de fronha e lençol
Repousa o corpo fatigado do poeta
Que ao raiar do novo sol
Terá a certeza de ter feito a coisa certa

Enfrentando momentos de luta
Sua vida parece que voa
Ele quer pegar uma carona astuta
Com o pássaro, que o céu da felicidade povoa

Despiu então o véu que cobria a lua
E adormeceu em seu mundo imaginário
De fato ele a deixou totalmente nua
E sonhou com tudo ao contrário

A lua deve ter cometido sua vingança
Pelo poeta tê-la despido sem pensar
Restou-lhe apenas a esperança
De recobrir a lua e quem sabe tudo se endireitar.

domingo, 10 de julho de 2011

O gol do sentimento

O gol do sentimento

Traduzo nessas linhas tortuosas
O que seriam apenas fragmentos
De aventuras ricas e gostosas
Em que expresso meus sentimentos

Poderia ficar horas trabalhando a métrica
Mas me preocupo por enquanto
Em deixar meu coração longe da estética
Mesmo que isso venha a causar espanto

Prefiro usar figuras abstratas
Para narrar coisas tão inexatas
Como vagar sem temer num horizonte
Onde a incerteza do fim me confronte

Fecho os olhos e deito em meu travesseiro
Orgulhoso de cada uma de minhas batalhas
Pois triste é quem vive de migalhas
Por não saber esperar até o momento derradeiro

Estando há muito tempo calado
Esqueço o que passou outrora
Vivo imensamente apaixonado
Pelo instante que chamam de agora

E como um ronco feroz de trovoada
Despeço-me nesse momento
Percebendo que no final da jogada
O que vale é o gol do sentimento.