domingo, 24 de agosto de 2014

Mais carpe diem, por favor

Eu gosto mesmo é de ser livre
Gosto mesmo é da liberdade
De ser pássaro solto no mundo
De ser vento sem obrigações

Gosto mesmo é da conquista
De desbravar o novo, o horizonte
Ser sensível, embora firme
Caminhar sem temer o suspense

Ser dono do próprio nariz
Ser rebelde sem ser ingrato
Honrar as cores do país
Lutar por uma ideologia

Gosto mesmo é de ser livre
De ser um eterno sonhador
Gosto mesmo é da vida
Mais carpe diem, por favor!

Eu e o tempo

Suave tiquetacar das horas
A girar os ponteiros inquietos
Que são como velhas senhoras
Sábias e doces com seus netos

Mas as horas sabem impor
Um compasso diferente do normal
Como a maratona de um corredor
O relógio apressa o temporal

A noite chega sorrateira
O dia passa tão depressa
A saudade é dor verdadeira
A perfeição é inimiga da pressa

Tempo, dito senhor do destino
Tempo, amigo íntimo e vilão
Tempo, deixai-me ser sempre menino
E percorrer o trem da vida em cada estação