sexta-feira, 28 de junho de 2013

Amor de poeta não se mata com tiro! - Diálogo com Drummond



O leiteiro de Drummond perdeu a vida
Sem qualquer chance de rendição
Do tiro, restou a bala, a ferida...
A morte pela sua própria condição

Morremos a cada dia, como o leiteiro
Quando não expressamos o sentimento
Que invade o nosso corpo por inteiro...
Morremos sempre e a todo o momento!

O segredo da vida está em assumir o seu amor
E diante do mundo ser como um gatuno
Que diferente do leite, é vivo, tem cor
E age sem esperar momento oportuno

É preciso dar voz ao grito do seu coração
Dizer à amada: És o ar que eu respiro!
Pois diferentemente do leiteiro ou do ladrão
Amor de poeta não se mata com tiro!

domingo, 23 de junho de 2013

Reportagem no Diário de Petrópolis, 23/06/2013


Reportagem sobre Filipe Medon no Jornal Diário de Petrópolis do dia 23/06/2013.
Petrópolis-RJ.

É com enorme satisfação e orgulho que, pela primeira vez, meu blog é indicado pela mídia. Fruto de muita inspiração e dedicação, este blog é a coleção de tudo aquilo que tenho escrito recentemente, apesar do pouco tempo que tenho para me dedicar a ele.

 Fico muito feliz de saber que a minha arte, mesmo que de grão em grão, tem chegado às pessoas. É muito gratificante o carinho que o público tem tido com as minhas palavras. Espero poder retribuir à altura, continuando a provocar reflexões e a emocionar os leitores!

Que esta seja a primeira de muitas indicações!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

O grito da Geração 90



Poema declamado no dia 16/06/2013 por Filipe Medon no Sarau da Confraria da Poesia Informal dentro da programação do Solstício do Som 2013, na Praça da Liberdade - Petrópolis-RJ.

O grito da Geração 90


Os novos revolucionários
A nova juventude
Estão nos mesmos cenários
Caçando virtude

A nova classe média
Empunha seu cartaz
Não é mais comédia
O palhaço ficou para trás

O bagulho é tenso
Diz o jovem de noventa
Momento propenso
Para um herói que se inventa

Ainda falta uma unidade
Um motivo, uma imagem
Com toda sinceridade...
Não é só pela passagem

O jovem está insatisfeito
Com tamanha injustiça
Um Estado de Direito
Não abusa da polícia

Onde estará a democracia
E a garantia da Constituição?
Será apenas ideologia?
Copa, Olimpíadas, Circo e Pão?

O jovem quer falar
Quer exercer a vitalidade
Quer sexo, paz, quer amar
Quer um brado pela insanidade

Mas ainda falta uma liderança
Que congregue a multidão
É como adormecer a criança
No olho do furacão

A juventude soltou o seu grito
Não adianta gás lacrimogêneo
Polícia, bombeiro, conflito
A sede de justiça é nosso oxigênio

Ineficazes são as balas de borracha
E o velho spray de pimenta
Os jovens que estão em marcha
São os bravos da geração noventa

Que a luta não termine em morte
Que a voz não se cale com o fuzil
O jovem não foge à luta, é forte
É filho da Pátria Amada, Brasil.

(Filipe Medon)

domingo, 9 de junho de 2013

A lembrança da mulher amada


Ainda lateja a lembrança dos dias de esperança
Quando eram reais o sonho e o desejo
Gostosa e doce aventura de criança
A desbravar as fronteiras de um beijo

Conquistador, empunhava sua espada
Erguia seu brado de sonhador irreparável
Duelava contra o medo de sua amada
Vivia um sonho feliz, doce e afável

Perdia-se no oceano castanho da paixão
Navegava nos mares ocultos da voracidade
Suas mãos eram volúpias em erupção
A percorrer os caminhos da sensualidade

Os dias passaram, os sonhos se esvaíram
Feito fumaça que arde na mão calejada
Sua vida e seus dias se reconstruíram
Mas ainda permaneceu a lembrança da mulher amada.