sábado, 21 de abril de 2012

Você é a paz

Noite Musical Você é a Paz - Theatro Dom Pedro II - Petrópolis - 19/04/2012
À esquerda, o cantor Allan Filho e à direita, Filipe Medon
Você é a paz

Você é a paz que o mundo quer ver
A alegria que faz cantar o passarinho
A esperança que nasce ao amanhecer
A luz fraterna no meio do caminho

Você é a paz que só conforta
O olhar que traz inspiração
A calmaria que bate na porta
Quando a tempestade se torna furacão

Você é a paz que une as diferenças
O sorriso que transmite serenidade
O ponto em comum entre as crenças
Um exemplo vivo do que é caridade

Você é a paz que ilumina os dias trevosos
A estrela que sabe guiar para o norte
Os passos calmos e preciosos
A prova que a vida não acaba com a morte

Você é a paz que renasce a cada manhã
A emoção em superar os defeitos
A jornada que constrói o amanhã
A razão que desconstrói os preconceitos

Você é a paz que o mundo quer ver
Você é a paz e um presente do criador
Você é a paz que o mundo precisa ter
Você é a paz, compartilhe o seu amor!


segunda-feira, 16 de abril de 2012

O corvo da morte


Dias de trevas, dias de escuridão
O abismo cega e sufoca as virtudes
Não há sol, nem mesmo inspiração
A luz negra esconde as belas atitudes
Nada parece fazer sentido, pura loucura
As estrelas perderam seu brilho habitual
O céu é consumido por uma nuvem escura
Que deixa chover o pranto do ser divinal
O homem destila em si o próprio veneno
Egoísta que só ele, mata sua liberdade
Esmaga, pisa, desfolha a flor, e de tão pequeno
Engole as pétalas de sua maldade
Sopra o vento lá fora, vão-se os dias
Traz as noites e transforma as manhãs
Mas o homem sepulta as suas alegrias
No fruto proibido de suas maçãs
Ah, onde estará a luz nos corações?
Onde estará o amparo derradeiro?
Por que calar e conter as emoções
De um amor tão humilde e verdadeiro?
Eis que surge no céu o corvo da morte
Carregando consigo o mau agouro
Que rouba e fratura toda a sorte
De quem se entregou somente ao ouro
Ao se aproximar do homem, ele se afasta
Cai no chão, torna-se pó, o fogo e a fuligem o consomem
Naquela cena tão triste e nefasta
É descoberto o segredo do homem
Resoluto em si mesmo, o pobre sofredor
Entregue ao ouro, destilou sua maldade
Orgulhoso, egoísta, covarde e pecador
O homem recorreu à santidade
Cerrou as pálpebras e lembrou-se da prece
Que há muito não ousava enunciar:
-Senhor, sou um pobre filho que padece
Dai-me o pão nosso que sabe perdoar.
Eis que o corvo torna-se pó, une-se ao chão
Pois percebe que dentro daquele coração
Apesar de todo vício e amargura
O homem sempre encontraria em Deus a sua cura.

domingo, 8 de abril de 2012

Nossa terra


Ah, a luz de suas verdes matas
O azul do teu céu, tuas estrelas
Seus rios, suas límpidas cascatas
Tuas montanhas, como não vê-las!

Tua terra é salgada pelo suor
De homens e mulheres que com bravura
Lutaram e construíram um lugar melhor
Crendo no porvir da geração futura

Foste encontrada por uma caravela
De colonizadores do velho continente
Que te trouxeram tua primeira vela
E receberam o carinho de tua gente

Teu povo trabalhou sem descanso
Extraiu ouro da penha do interior
Carregando sempre o sorriso manso
Da mãe que concebe por amor

Ah, foste governada por um menino
Que se fez homem em teu seio
Seu digno pai compôs-te o hino
Que hoje bradamos sem receio

Viveste anos de chumbo, de tristeza
A farda negra sepultou tua liberdade
Mas o teu povo conquistou a realeza
De imperar sobre a chaga da iniquidade

Terra de diversos guerreiros e esportistas
Lugar de pintores, poetas e cantores
Musas, atores, maestros e artistas
És a pátria dos mais lindos amores

Ah,  tua gente tão humilde e feliz!
Sempre com um sorriso no peito
És nação gentil antes de país
Mereces toda forma de respeito

Prevalece a tua grande diversidade
Acolheste gentes de todo o mundo
Entraste para a história da humanidade
Pela tua terra e teu chão fecundo

Berço de inconfidentes, caras pintadas
Não distingues por credo nem por raça
Teus heróis dão dribles, pedaladas
Tens um povo que de tudo acha graça!

Beija-flor, senhor de nossa inspiração
Voa majestoso sobre o céu de anil
Colorindo as verdes matas da nação
Que um dia chamaram de Brasil.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A vida é

Abrir a mente
Enfrentar o mundo
Pensamento consciente
Desejo profundo

Razão irracional
Verdade mentirosa
Peito emocional
Alma preciosa

Sorriso espontâneo
Olhar duradouro
Beijo instantâneo
Joia rara, ouro

Amor a todo custo
Paz como lema
Humildade do justo
A vida é um poema.