sábado, 18 de agosto de 2012

Um ode à amizade



8º Sarau da Confraria da Poesia Informal
Estúdio S de Música - Agosto de 2012
Petrópolis

 Esse poema foi declamado em homenagem aos meus amigos que foram me prestigiar nesse Sarau. Uma singela forma de lembrar pessoas tão importantes.

Um ode à amizade

Um peito vazio, uma noite sem luar
Uma manhã sem sol, um olhar sem brilho
Um vulcão sem fogo, areia sem mar
Uma boca sem palavras, um trem sem trilho

Um buraco negro na órbita do coração
Um universo paralelo em desalinho
Uma estrela sem a cadência da constelação
Um pássaro sem asas e sem ninho

Eis um homem que não teve amigos
Que não soube confortar e ser confortado
Um fugitivo preso e isolado em abrigos
Por ter cedido à mácula e não ter amado

A amizade mais pura e verdadeira
É a arte de encontrar no semelhante
Um poço de felicidade sem fronteira
Um gesto de temperança a cada instante

Um amparo nos momentos de tristeza
Um júbilo nos de gozo e prazer
A mais pura e graciosa certeza
De existir um abraço no amanhecer

Uma acolhida sem preconceitos
Uma diversão feito a de uma criança
Uma mão que não aponta defeitos
Apenas aperta a outra com segurança

Amizade, perfeita tradução da alegria
Sinônima de festa e companheirismo
Luz resplandecente que contagia
Metáfora forçada que dispensa eufemismo

Amigo é para toda a vida e além dela
É o cultivo do jardineiro mais fiel
Que colhe a flor da amizade e pendura na lapela
O símbolo de um amor caído do céu!

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