quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Jardim dos sonhos

Grandes sonhos começam em desejos
Nunca dantes foram tão profundos
Entre raios longos e breves lampejos
Chovem lírios em campos fecundos

O jardim exala – a poesia suspira
Numa profusão de sentimentos abstratos
Em que tudo parece caber dentro da lira
E de raios e lampejos tão ingratos

Entre a brusca vontade e a ansiada loucura
Sonhos rompem o céu na trovoada
Que anuncia com tanta ternura
A chuva de lírios na lira inacabada

Passados os sinais da tempestade
É chegado o tempo de estio
Há que se colher os ramos da verdade
No jardim dos sonhos que está vazio.

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