quinta-feira, 10 de março de 2011

Meu amor, minha cegueira

Meu amor, minha cegueira

Meu amor é como olhar de cego
Minha paixão é loucura que nego
Minha poesia é da vida, o retrato
De sofrer tanto por esse amor ingrato
Mas vale a pena ser assim?
Poeta sem juízo, amante sem fim?
Na falta de cor da lágrima, a saudade
Da busca implacável pela felicidade
Numa vida consumida pela falta de inspiração
Que hoje amedronta feito assombração
Mas quando vem a tarde triste
Meu pensamento bobo, não resiste
Acredita que ainda está na hora
De ver o tempo passando lá fora
E correr feito louco em sua direção
Agarrar bem forte na sua mão
Pedindo que ele pare devagar
Para que logo consiga embarcar
Em sua mágica aventura
De todas, a maior desventura:
A de acreditar que aquele amor
Um dia consumido pela cegueira
Seja capaz de enxergar a clareira
Que existe diante da lágrima sem cor.

2 comentários:

  1. Feliz dia da poesia!!
    Concurso da SBS:
    http://www.sbs.com.br/hotsite/poesia2011/

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  2. "Mas vale a pena ser assim?
    Poeta sem juízo, amante sem fim?"
    Sim, vale a pena.

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