quarta-feira, 29 de maio de 2013

A essência do romance: homem e mulher, colombina e pierrot


Os corpos unidos em forma de poesia
Tamanha voracidade não cabem na cama
As cobertas se perdem em noite de heresia
Mas não faz mal para quem tanto ama

O desejo se confunde com a marca nos lençóis
Os olhares se perdem, multifacetados
São raios intensos como dois sóis
Espelhos que refletem a alma dos apaixonados

Passada a noite de volúpia e desejo
Amanhecem os dois em histeria profana
Muito mais que despertar com um beijo
A paixão é uma sanidade insana

Café na cama dividido nas bocas frias
Geleias de fruta com doce de brigadeiro
Volve ao peito os pulsares em euforias
A cama se torna novamente um picadeiro

E nesse circo de palhaços despidos
A noite se transfigura feito magia
E dentro da cartola: seios e braços, os dois perdidos
Amam-se em beijos, toques e fantasia!

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