segunda-feira, 9 de maio de 2011

Um menino cego

O dever de todo poeta é sem dúvida transmitir às pessoas suas observações cotidianas em forma de poesia, provocando uma reflexão. E é isso que faço...

Um olhar cego clamava pela luz
Queria poder enxergar a humanidade
Que imaginava ser como o ouro que reluz
Sem saber o lado sombrio da maldade

Melhor que jamais abra seus olhos fatigados
Para que não tenha que enfrentar a decepção
De saber que seus sentidos estavam errados
E que nem todos tem um bom coração

Suas lágrimas escorriam com aspereza
Na tentativa de abrir suas pupilas dilatadas
Que pareciam mais que assustadas
Pela amargura de sua tristeza

Não queira ver, meu menino!
Continue a seguir o teu destino
Que ele há de ser de paz
Se não enxergares o mal que o homem faz.

Um comentário:

  1. Profundo!
    A paz total realmente só existe se nos alienarmos de todo o mal que existe... pena que depois que passa a infância isso se torna quase impossível e até mesmo inadequado.

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