Independência ou Morte
O brado do Ipiranga foi silenciado
Voltamos ao passado colonial
Embora não tenhamos reinado
Nem a soberania de Portugal
Ainda somos dominados e explorados
Pelo canhão opressor da injustiça
Hoje vemos revolta de todos os lados
E a forte repressão da polícia
Apesar da escória do vandalismo
E das chagas da falta de unidade
Temos que enxergar o abismo
Entre as classes de nossa sociedade
Quando Pedro empunhou sua espada
Num ato simbólico de amor à terra
Provou seu apreço pela pátria amada
Mesmo que isso custasse uma guerra
Quantos de nós empunhamos nossas convicções
E lutamos por um Brasil de esperanças?
Quantos de nós combatemos as opressões
E damos um futuro digno às nossas crianças?
Nas urnas podemos mudar o futuro
E acabarmos com tanto recesso
Um povo que vive no escuro
Só pode ter medo do seu Congresso
Através da paz, do protesto bonito
Da luta eleitoral e do grito febril
Podemos por fim a esse conflito
E resgatar a soberania do nosso Brasil
Temos que lutar pela Independência moral
E acreditar que a mudança não depende da sorte
Para aniquilarmos a chaga do mal
É preciso bradar, novamente: Independência ou Morte!