Este poema é o resultado concreto
Do atropelamento de uma língua inquieta
Que teimava em sair varrendo o teto
De dentro da louca boca do poeta
O músculo rubro, já causara acidentes
Das mais variadas formas possíveis
Toda vez que se chocava com dentes
De mulheres, em chamas, e insensíveis
Euforia, histeria, sinestesia, quem diria...
Boca de poeta aberta para novas aventuras
Boca de poeta, local de verbo e gritaria...
E em meio a mais um encontro às escuras
O músculo lúdico, sádico e varredor diria:
Atropelada a pelada boca por dentes de loucuras.
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