Velha criança, novo poeta
Queria ter um pouco de pó de pirlimpimpim
Poder viajar para qualquer lugar do mundo
Jogando o pó mágico em cima de mim
Num piscar de olhos, numa fração de segundo
Doces e gostosas aventuras de criança...
Como é bom relembrar o passado!
Quando ainda era real a esperança
De que mais tarde nada seria complicado
Quanta saudade de brincar com o peão de madeira
A rodopiar livremente, riscando o piso da sala
Até que a mãe diz: acabou a brincadeira!
É a hora que o peão para e o filho se cala
Ao fim de mais um dia, pé sujo e corpo cansado
Mas depois de uma noite bem dormida (ou inquieta)
Recarregam-se as baterias do menino levado
Que um dia escreveria esse poema e seria este poeta.
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